quinta-feira, 28 de março de 2013

RESULTADOS TARDIOS NA BIOPLASTIA DA REGIÃO GLÚTEA

 

Introdução ao trabalho sobre a Bioplastia de Glúteos

Atualmente ocorre uma crescente demanda de pacientes que desejam tornar o contorno da região glútea mais atraente. Existe uma grande variedade de procedimentos que podem ser realizados para esta finalidade, incluindo ressecção tecidual na área trocantérica e sulco glúteo, elevação de toda a região glútea, introdução de implantes de silicone, lipoaspiração e enxertia glútea.

A busca por terapias não-cirúrgicas para o tratamento da região glútea tem aumentado consideravelmente, visto que muitos pacientes relutam em submeter-se a uma cirurgia. Em função disto foi desenvolvido a bioplastia de glúteos, que consiste no implante injetável, intramuscular, de microesferas de polimetilmetacrilato à 30% (PMMA).

O objetivo deste trabalho é relatar os resultados tardios obtidos com esta técnica.

Pacientes e Método de Bioplastia de Glúteos

Uma revisão de prontuários foi realizada envolvendo os pacientes nos quais foi implantado PMMA na região glútea nos últimos 68 meses. A localização e a quantidade implantadas foram registradas e analisadas. Os pacientes costumam ser acompanhados com ressonância nuclear magnética a cada dois anos.

Técnica: Com a paciente em posição ortostática é efetuada a marcação. O procedimento é feito, com o paciente em decúbito ventral, somente sob anestesia local. A aplicação é efetuada no plano intramuscular com microcanula.

Resultados sobre a Bioplastia de Glúteos

Durante o período de 68 meses, 411 pacientes foram submetidas ao implante injetável de PMMA na região glútea. A média de idade dos pacientes foi de 34 anos, indo de 19 até 66 anos. O período de acompanhamento variou de 3 até 66 meses, com uma média de 23 meses. A média de sessões de aplicação foi de duas sessões, o volume total injetado foi, em média, 211ml por sessão. As fotos abaixo mostram uma paciente quatro anos após a bioplastia glútea.




Nenhuma complicação imediata foi observada nestes pacientes. Intercorrências como hematoma, seroma, trombose venosa profunda ou dor de forte intensidade não foram relatadas durante o acompanhamento. Não houve casos de migração, reações teciduais, infecção, granuloma, extrusão ou reabsorção até a presente data. Houve um caso de nódulo que foi evidenciado pela ressonância nuclear magnética de controle após o procedimento.

Discussão sobre a Bioplastia de Glúteos

A possibilidade de pronta recuperação, possibilitando a execução deste procedimento em caráter ambulatorial, se deve, preponderantemente pela técnica minimamente invasiva da via percutânea radial central, onde, com a utilização de microcanulas rombas com um comprimento adequado se consegue executar o tratamento de toda região glútea através de um único pertuito cutâneo de cerca de 1,0mm.

Sendo assim, nenhuma imobilização é realizada e a paciente pode deambular após o término do procedimento.

A segurança da reação desencadeada pela aplicação intramuscular do PMMA permite uma tranqüilidade no que diz respeito a quantidade de substância que pode ser utilizada em cada sessão de tratamento.

Conclusão sobre a Bioplastia de Glúteos

Embora este seja um artigo pioneiro versando sobre o uso de bioplastia com utilização de PMMA no tratamento do contorno glúteo, a experiência obtida até o presente momento parece ser favorável. O uso deste biomaterial permite uma solução segura, durável e funcional.

Autor : Almir Nácul
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica 

Co-autor :
Denis Souto Valente

Membro Associado da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica



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